Pular para o conteúdo principal

O EVANGELHO DO PARAQUEDAS


Como que um homem morto em pecado, que vive como que se Deus não existisse, que corrompe as verdades de Deus, que vivem em desobediência a Deus, que atrai a justa ira de Deus. Como que este homem pode ser salvo? Resposta: por meio da fé em Jesus Cristo.

Ele não é salvo por que tem fé, mas é salvo por Jesus. A fé é o instrumento de Deus no homem para que ele possa ser salvo por Jesus. A fé é como a cordinha que você puxa para acionar o paraquedas. Não é a cordinha que te salva, e sim o paraquedas. Mas se você não puxar a cordinha, para aciona-lo você vai morrer.

A fé está fundamentada em três princípios: conhecimento da verdade, aceitação da verdade e confiança na verdade. Ninguém pode ter fé em Jesus, se nunca ouviu falar dele e de sua obra na cruz. Mas, uma vez que o homem ouve a respeito de Cristo, ele poder crer. 

Aceitação da verdade é, a inclinação do homem a Deus. Somos por natureza inclinados para o pecado. Mas a fé exige uma inclinação do pecador a Cristo. E essa não é uma obra humana, mas uma ação de Deus no pecador. Quando ele ouve o evangelho, ele é convidado a salvação, e essa resposta à salvação, passa pelo fato de que ele precisa confiar que apesar de seus pecados Cristo pode fazer por ele, o que ele mesmo jamais fará por si só. Perdoa-lo, liberta-lo e transforma-lo.

Quero colocar no exemplo do paraquedas de novo. Imagine que você pulou do avião, e agora está em queda livre, em direção a morte. Imagine que você tem um paraquedas nas costas, mas você não sabe disso. Ninguém te avisou, você não sabe como ele funciona, para que serve ou o que ele é capaz de fazer. Ele pode salvar sua vida, mas ninguém te disse nada. Ninguém te falou da cordinha que o aciona o paraquedas.

Assim é com a salvação. Todos os homens foram lançados em um abismo pelo pecado, e a cada pecado cometido é como uma bola de ferro a mais presa a eles acelerando sua queda e morte eterna, se eles não souberem do paraquedas estão perdidos, nunca o acionarão. Não existe fé sem conhecimento de Cristo e de sua obra eficaz de salvação.

Da mesma forma, usando o mesmo exemplo, existem aqueles que conhecem a Cristo. O evangelho já lhes foi anunciado, porém não o aceitam. Sua fé é apenas intelectual, de conhecimento, mas não os leva a voltar-se para Deus, ou seja, puxar a cordinha que aciona a salvação. Mas porque alguém caindo em direção a morte, tendo um paraquedas nas costas, e sabendo como funciona e que isso pode salva-lo, não o aciona? Quero destacar duas respostas a essa pergunta.

Primeira. Por causa da incredulidade! Imagine a quantidade de pecado, a quantidade de peso adicionado. Cada pecado como uma bola de ferro a mais presa nos pés acelerando sua queda. Imagine quanto peso. Os homens que ouviram o evangelho do paraquedas, não acreditam que ele terá força suficiente para conter o peso, para frear a queda. Eles dizem “É muito peso, o paraquedas não poderá me salvar, ele vai rasgar, não adianta abrir". A lógica deles é que já foram longe demais, e Deus não pode perdoa-los, “não há o que fazer” dizem.

Eles não conhecem o tamanho do paraquedas, nada sabem da sua força. O conhecimento deles é muito pequeno. Eles o viram apenas na mochila, pequeno, apertado. Fazem contas, seus pecados são muito maiores e mais pesados do que aquele pequeno paraquedas dentro de uma mochila nas costas. Conhecem o evangelho, mas não creem o seu poder.  

Segundo motivo porque não creem no evangelho apesar de terem ouvido. Por causa da autoconfiança ou justiça própria. Existem aqueles que conhecem a Jesus, sabem a respeito dele. Ouviram falar do paraquedas, conhecem o peso dos seus pecados, e sentem a cada dia mais peso sendo adicionados a eles. Sabem da importância de não se esborracharem no chão, querem salvar suas vidas desesperadamente. Mas ao invés de acionar o paraquedas, eles incrivelmente começam a balançar os braços como os pássaros na intenção de se salvarem.

São aqueles que confiam em si mesmos. E muitos ainda usando até a própria fé como argumento, é como se dissessem “eu tenho fé que se balançar meus braços o mais rápido possível conseguirei me salvar”. Isso não ridículo? Esse é um tipo de fé que não tem o menor sentido. Como que alguém tendo um paraquedas nas costas e sabendo do que ele é capaz, ao invés aciona-lo, diz que tem fé de que ele pode voar como pássaros?

Assim estão muitos indo em direção ao inferno. Confiam em si mesmos e em suas próprias obras para serem salvos. Pensam que podem escapar da morte eterna porque fazem isso e aquilo. Neste grupo estão aqueles que confiam não intercessão dos santos e beatificados (é como querer ser salvo, com o paraquedas que está nas costas do outro), também os legalistas que confiam que acionam o paraquedas lendo o manual de instrução, mas não tem coragem de puxar a cordinha. 

Sabem tudo a respeito do paraquedas, gostam de ficar gritando para quem está caindo ao seu lado de como funciona o paraquedas, mas eles não acionam. Pensam que Deus não os deixará esborracharem no chão porque eles têm o manual e sabem tudo a respeito do paraquedas.

Gostam de ficar contando os pesos adicionados aos outros que estão em queda ao seu lado, mas são incapazes de ver seus próprios pesos sendo acrescentados. Vivem a utopia de que não estão em queda, de que são especiais, iluminados, não acionam o paraquedas porque disseram para eles que eles não são tão maus assim, por isso nunca se arrependeram, nunca sentiram suas misérias ,lamentaram e choraram, por isso não sente nenhuma necessidade de acionar o paraquedas.

Estes, amam o paraquedas. Oram a ele, cultuam, se vestem de forma a combinar com o paraquedas. Compõe músicas que falam da beleza do paraquedas, pregam mensagem de amor sobre ele, de como ele é lindo e maravilhoso e esperam um dia quando o paraquedas acionará sozinho, afinal de contas eles merecem serem salvos por tudo que fazem pelo paraquedas.

Que miséria viver assim, tendo a salvação sobre você e rejeita-la!  

Então o que precisa ser feito? Puxar a cordinha! Eis então o que é fé?

É reconhecer sua queda livre em direção a morte certa. Todos pecaram e carecem da gloria de Deus. A fé começa por reconhecer nosso real estado diante de Deus, em uma observação honesta. Estamos condenados a morte eterna.

É saber e conhecer que existe salvação disponível a todo aquele que ouve e crer no evangelho. A boa notícia para você é que existe um paraquedas que foi providenciado, todo aquele que crer nisso e aciona-lo será salvo.

É confiar que não importa a quantidade de pesos que possa estar preso a você. Não importa a quantidade de pecados e o tamanho deles, fé é crer que o paraquedas suportará todo o peso. Ele é absolutamente resistente e forte. Você só tem que puxar a corda. Pare de ficar olhando para o peso, pare de ficar batendo os braços feito um pardal, esqueça o manual, pare de ficar olhando para um paraquedas fechado dentro de uma mochila, puxe a corda confie em Jesus, e veja o que acontece.   

A fé verdadeira levará você dizer: “sim pequei gravemente, tive uma vida de pecado. Fui blasfemo, injurioso, fui vil, dificilmente haverá um pecado que eu não tenha cometido, e sei que ainda há pecado dentro de mim; todavia, sei que sou filho de Deus porque não estou confiando em nenhuma justiça minha. Minha justiça é a que está em Jesus Cristo, e Deus a pôs na minha conta. ”  
   

A prova de que você foi salvo pela fé, é que, você não olha mais para você mesmo, mas única e exclusivamente para Cristo. Reconheça seu real estado: condenado! Arrependa-se de quem você é: pecador e confiem em Jesus apenas; e você terá puxado a cordinha e o paraquedas abrirá.

Kennedy Mattos

Comentários

Top Five!

O GRANDE GENERAL PLÁCIDO

Eustáquio, ou Plácido (nome pelo qual era mais conhecido), foi um dos grandes generais do exército romano, no início do segundo século. Seu nome e sua influencia eram notórios entre os soldados, tanto por causa de sua virtudes quanto por sua capacidade e triunfes militares. Todos o admiravam por sua brandura e seu amor à justiça e à caridade. Ele era um pai para os soldados, e tratava-os com mansidão e justiça, virtudes desconhecidas da bárbara soldadesca, mas preciadas no momento em que a sua influência benigna era sentida. Ele era generoso e caritativo com os desafortunados, e apesar de pagão, notavelmente virtuoso. A verdadeira grandeza é incompatível à propensão brutal do homem. As virtudes e a posição exaltada de Plácido atraíram os homens mais conspícuos da época, como se fora uma estrela solitária brilhando através da massa escura de nuvens, numa noite tempestuosa. Não admira que ele fosse assinalado pela Providência como objeto de graça especial, e instrumento de grandes mila...

A Parábola do Rio - Romanos 1.21-32

Havia outrora cinco irmãos, que moravam com o pai num castelo, no alto de uma montanha. O mais velho era um filho obediente. Seus quatro irmãos, todavia, eram rebeldes. O pai tinha-lhes grande cuidado por causa do rio; já lhes havia implorado que ficassem distante da margem, para que não fossem varridos pelo refluxo da maré. Mas eles não ligavam; a atração do rio era-lhes demasiadamente forte. A cada dia, os quatro irmãos rebeldes arrisca­vam-se cada vez mais perto do rio, até que, uma vez, um deles atreveu-se a tocar a água. — Segurem a minha mão — gritou ele. — As­sim não cairei. E seus irmãos o fizeram. Quando ele porém tocou a água, o repuxo arrastou-o com os outros três para dentro da correnteza, rolando-os rio abaixo. Foram despencando de rocha em rocha, girando no leito do rio. Arrastados pelas vagas, eles se foram. Seus gritos de socorro perde­ram-se na fúria do rio. Embora se debatessem tentando recuperar a estabilidade, foram impotentes contra a força da correnteza. Depois de...

O CRISTÃO E O CODIGO DE BARRAS

Rm 12.1,2 O código de barras que muitos cristãos consideram o sinal da besta, por enquanto é um extraordinário sistema de catalogação. Ao passar no caixa do supermercado por exemplo a maquina leitora identifica o produto, da baixa no estoque, registra o preço, e facilita a vida de todos, a começa por quem esta na fila.             No entanto, como toda maquina a leitora do código de barras, a tal pistola, tem inteligência limitada a sua programação. Se alguém mudar o selo do código de barras de uma caixa de cereais pelo selo de um produto mais barato, como farinha, a maquina faz a leitura como se o produto fosse de fato, um saco de farinha.             A maquina leitora não faz a comparação entre o selo do código de barras e o produto. E, nesse caso, uma caixa de cereal sai do supermercado disfarçado de saco de farinha.        ...

A Igreja Não é uma Democracia: A Sabedoria de um Governo de Discipulado

  A igreja não é uma instituição secular qualquer. Sua definição vem da própria Escritura: ela é o corpo de Cristo (1 Co 12:27). Isso significa que seus valores, visão, governo e liderança derivam da palavra de Jesus, revelada nos evangelhos e nos ensinos dos apóstolos — e não dos ventos da cultura, tampouco das boas ideias. Quem vive de boas ideias é o marketing. A formação da liderança e do governo da igreja não é fruto da tomada de poder, resultando numa ditadura impositiva; mas também não é resultado de uma representatividade democrática, onde o voto de um neófito tem o mesmo peso de um presbítero experiente. Basta olhar para o catolicismo e seu conclave: não há democracia ali há mais de 1500 anos. É nítida a confiança dos fiéis na escolha do seu pontífice por líderes comprometidos com sua história, dogma e fundamentos. Uma frase repetidamente usada por eles no recente conclave foi: “O Espírito Santo escolherá o novo papa”. Isso é fé. Sem propagandas, sem interferências de pres...

O PAPA É POP - E A CULTURA IMPERA

Nos últimos dias, os olhos do mundo se voltaram para o Vaticano. Com a morte do Papa Francisco, não apenas o luto tomou conta das manchetes, mas também uma avalanche de atenção midiática cercou os rituais, símbolos e tradições do catolicismo romano. De repente, termos como sede vacante, conclave e fumata branca se tornaram parte do vocabulário cotidiano. As redes sociais, os jornais, os canais de notícias — todos pareciam falar uma nova linguagem, codificada por séculos de tradição, mas agora traduzida em tempo real pela cultura pop. Nunca a frase “O papa é pop” fez tanto sentido quanto agora. E, mais do que isso, nunca foi tão evidente como a cultura contemporânea é capaz de absorver até mesmo as estruturas mais rígidas da tradição religiosa. Não se pode negar — e talvez aqui caiba uma confissão: foi tudo muito bonito. Das cores das roupas da Guarda Suíça aos passos solenes dos cardeais, tudo absolutamente coreografado e esteticamente impecável. Há ali uma sensação legítima de transce...

UMA QUESTÃO DIFICIL

Imagine uma tribo de 300 índios no meio da floresta, que nunca tiveram contato com o resto do mundo. Nunca ouviram falar a respeito da cruz, do evangelho e de Cristo. Pergunta: Eles estão salvos ou perdidos? Em sua carta aos Romanos o apostolo Paulo trata deste assunto. Na verdade, a resposta a esta pergunta é exatamente o motivo que o levou a escrever aquela carta. Pois seu desejo é ir pregar o evangelho na Espanha, terra considerada de bárbaros até então. Pessoas que estavam sem nenhuma luz do evangelho assim como os tais índios da nossa pergunta acima. E no capitulo 1, o argumento de Paulo é que tais pessoas estão condenadas. Pois ele como que portador do evangelho, tem uma dívida de prega-lo a essas pessoas (v.14), do contrário não teria ele nenhuma preocupação neste sentido. Também segue o fato de que o evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Ou seja, e quanto a quem não ouve o evangelho? Não pode crê! Sem o evangelho não existe operação de po...