Hoje parece não existir pecadores, e sim vitimas. Sem pecadores, sem arrependimento. Sem arrependimento, sem confissão. Arrepender-se do que? confessar o que? Somos todos vitimas aqui. Quer uma prova? A culpa é de Adão e Eva, do Diabo, de Deus. E nunca minha culpa , meu pecado!
Se não existem pecadores, logo Cristo jamais será visto como salvador, ele será tudo, curandeiro, bancário, médico, milagreiro, guarda costa, a lista é longa. Menos salvador, afinal quem precisa de um, em uma sociedade que não peca, não se arrepende e não confessa!
A realidade é: Todos pecaram, não existem vitimas aqui. Todos nós precisamos do salvador. Todos nós precisamos encarar o pecado como ele é: A coisa que Deus mais abomina e odeia. Algo que está em mim, antes de estar no outro. Algo que nos torna, antes dignos do inferno e da ira de Deus. Precisamos reconhecer o Salvador, o único que pode nos livrar do poder do pecado, e de sua consequência, a morte.
A única forma que esta sociedade lida com o pecado, é com o do outro. Usa o pecado do outro para justificar sua própria hipocrisia. Todavia também a falta de confissão e arrependimento próprio do pecado, faz com que diante do erro do outro fique calado e se torne conivente. Seja como for o pecado é sempre do outro, e no outro deve ser punido. O politico corrupto tem que ser preso, mas dar atestado falso é justificável, afinal eu sou trabalhador. O assaltante de banco tem que pegar prisão perpetua, mas roubar energia tudo bem, afinal eu sou uma vitima da crise.
Não, não existem vitimas aqui. Somos todos culpados. O problema todo, é que o dia do juízo é real, e ninguém escapará, nenhum de nós. Ali, diante do trono branco do Deus todo poderoso, não haverá vítimas, mas culpados. Viver como se esse dia não fosse chegar, é a maior prova de uma vida de impiedade e perversão.
Nossa postura deve ser a de Daniel diante do pecado do povo: "A ti Senhor pertence a justiça, e a nós o corar de vergonha". O que não se vê geralmente é o corar de vergonha, e sim o arrependimento de ter sido pego, descoberto, de não poder continuar mais na pratica daquilo que tanto amava. O próprio pecado.
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